Primeiro perfil dos ciclistas: Mais da metade usa a bicicleta todos os dias

No marco de um ano desde a implementação da Lei de Convivência Rodoviária, o Ministério dos Transportes realizou o primeiro estudo sobre "Uso de elementos e hábitos de segurança dos motoristas de bicicleta na Região Metropolitana", que visa medir a eficácia da legislação sobre ciclistas e sua caracterização sociodemográfica.

“64,4% dos inquiridos utilizam a bicicleta há menos de 3 anos, o que evidencia um claro aumento da preferência por este meio de transporte. Como Ministério, nossa prioridade é reduzir as mortes por acidentes de trânsito, por isso é fundamental analisar o impacto e a aceitação pelos cidadãos das exigências de segurança presentes na Lei de Trânsito e, assim, desenvolver políticas públicas que melhorem a convivência. Hutt.

Para o estudo, foram realizadas medições em 12 pontos da Região Metropolitana, por meio da observação do uso de elementos de segurança por 1.540 ciclistas maiores de 18 anos, que foram posteriormente entrevistados.

O estudo mostra que o uso de capacete preso ao queixo é o elemento de segurança mais utilizado (67,3% das observações). Em segundo lugar está o uso de luz vermelha traseira fixa na bicicleta (56,2%), seguida de faixas refletivas atrás e na frente dos pedais (36,6%).

Elementos refletivos em roupas ou acessórios representaram 28,6% das observações, seguidos por aparelhos sonoros de intensidade moderada (27,8%) e faróis amarelos ou brancos (27,4%). Lâminas refletivas nos garfos dianteiros foram observadas em 24,2% dos casos e nas traseiras ou raios das rodas em 22,8%. O colete refletivo, arnês ou cinto de ombro foi encontrado em 13,4% dos ciclistas.

Johanna Vollrath, Secretária Executiva do CONASET, indicou que “é fundamental poder identificar os hábitos dos ciclistas, de forma a reforçar as medidas de segurança e prevenção para este meio de transporte. Este estudo permite-nos ter uma radiografia detalhada do comportamento dos ciclistas, que, juntamente com os peões, são os mais vulneráveis ​​no trânsito. Neste sentido, estamos a promover a implementação de novos espaços seguros para bicicletas em conjunto com vários municípios do país, e ao mesmo tempo a realizar campanhas de prevenção para incentivar a obrigatoriedade do uso de capacetes e outros elementos de proteção.”

Em relação ao tempo de uso, 44,1% dos pesquisados ​​utilizam a bicicleta como meio de transporte ou lazer há entre 1 e 3 anos e 20,3% a utilizam há menos de um ano. Além disso, 56% dos pesquisados ​​indicam usar a bicicleta “todos os dias” e 79,5% das viagens foram intercomunitárias.

A principal motivação para a escolha de um roteiro de viagem é a presença de ciclovias ao longo do caminho (56,9%) e os motivos para usar a bicicleta (respostas múltiplas) são maior conforto (54%), menos tempo gasto em deslocamento (51,8%), porque é mais barato (44,5%), (13,3%) trabalhar como entregador (13,3%) e 6,2% quem não tem acesso a outros meios de transporte. 16,7% indicam que é para “outros” e declaram dois motivos principais: o efeito positivo na saúde e o entretenimento para eles.

A caracterização sociodemográfica mostra que a maioria dos respondentes são homens (68,6%). Além disso, a maioria dos ciclistas tem entre 30 e 44 anos (38,9%). A segunda faixa etária são aqueles entre 24 e 29 anos (29,6%).

As cinco comunas de residência mais mencionadas pelos ciclistas foram Estación Central (14,6%), Ñuñoa (13,4%), La Florida (10,8%), Providencia (6,2%) e Santiago (6%). Além disso, 39,5% dizem pertencer ao estrato socioeconômico médio, 38% ao baixo e 8,8% ao alto.

Em relação à segurança, 24,9% dos pesquisados ​​declararam ter sofrido um acidente ao andar de bicicleta e 75,1% não. Entre os que dizem ter sofrido acidentes, 11,7% relataram ter sofrido ferimentos graves, 54% ferimentos leves e 34,2% relataram ter escapado ilesos. Além disso, 45,7% indicaram que o acidente envolveu um carro de terceiros.

Quando questionados sobre a data em que sofreram o acidente, 45,2% dizem que foi antes de novembro de 2018 (implementação da Lei de Convivência Rodoviária), 36,3% após novembro de 2018 e 18,5% não lembra.

35,9% declaram que é seguro ou muito seguro andar de bicicleta em Santiago, 24,1% que é inseguro ou muito inseguro e 40,1% dizem que não é "nem seguro nem inseguro".

Ao avaliar a convivência com outros usuários da via, apontam táxis e ônibus como os menos avaliados, enquanto outros ciclistas são os mais bem avaliados. Pedestres e motociclistas o seguem na avaliação positiva. A avaliação dos carros particulares é negativa, mas não tão negativa quanto a de ônibus e táxis.


 Fonte: http://921.cl/2itf

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