A cada ano há mais ciclistas em Santiago e a cada ano menos deles morrem

O aumento da infraestrutura de ciclovias, a Lei de Convivência Rodoviária e o fenômeno denominado “segurança em números” explicam o menor número de acidentes fatais.

A cada dia mais pessoas de Santiago optam por sair de casa com um capacete em vez de um cartão Bip! e andar de bicicleta sobre outro meio motorizado. Mas, inversamente proporcional ao que se poderia esperar, o número de ciclistas mortos em decorrência de acidentes de trânsito em 2019 diminuiu em relação aos anos anteriores.

Segundo dados de Carabineros -com os quais PAUTA concordou-, 25 usuários de bicicletas na Região Metropolitana se envolveram em acidentes fatais no ano passado: 24 deles por colisões e um por capotamento.

Desta forma, 2019 repete a tendência que vem ocorrendo há vários anos: o número de ciclistas mortos em acidentes de trânsito é menor - ou pelo menos o mesmo - que o da temporada anterior.

 Fonte: Conaset e Carabineros

O número de ciclistas proliferou na Região Metropolitana. E a percepção de ver mais pessoas em duas rodas na rua é consistente com as estatísticas.

Já em 2012, a pesquisa Origem Destino —mandada pelo Ministério dos Transportes e Telecomunicações— revelou que, enquanto em 2001 a participação modal das bicicletas em Santiago representava 2,1% das viagens (aproximadamente 329.000 diárias), 11 anos depois esse percentual havia subido para 3,9%; ou seja, 676.000 viagens diárias.

Mas o crescimento não parou por aí. De acordo com a Pesquisa Nacional do Meio Ambiente, cujos resultados foram apresentados em fevereiro de 2018, 8% da população residente na Região Metropolitana utiliza a bicicleta como principal meio de transporte.

Além disso, segundo a Emol, uma medição internacional realizada pela Eco-Counter —empresa especializada em contar pedestres e ciclistas em ambientes urbanos e naturais—, posiciona o Chile como um país com forte crescimento em termos de presença de bicicletas nas ruas , com uma taxa superior a 10% ao ano.

Se consideradas essas diferentes fontes —e levando em conta a taxa de crescimento das viagens em Santiago—, “hoje temos cerca de 1,5 milhão de viagens diárias de bicicleta em Santiago”, assegura a PAUTA Ricardo Hurtubia o engenheiro de transportes da Universidade Católica, que através de seu Twitter conta já havia colocado a questão na mesa.


 Fonte: https://www.pauta.cl/

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